Portugal relaxou nas festas de Natal e a Covid-19 voltou com tudo, em mais uma forte onda de contaminações e mortes que se espera ser a última, dado o advento da vacina. A explosão de casos, no entanto, não atrasou o calendário eleitoral e as eleições tomam corpo hoje, dia 24 de janeiro. As ruas encontram-se mais cheias do que o costume e o patinete elétrico está gratuito até às 19h, para aqueles que quiserem exercer o dever cívico da democracia de uma forma mais radical. Apesar da presidência não ser lá um cargo muito importante como no Brasil, o simbolismo de representar o país é bastante relevante e exprime a percepção do povo de como as coisas estão sendo conduzidas na Terrinha. Favoritaço e queridinho de 7 entre 10 portugueses, o candidato de centro-direita Marcelo Rebelo de Castro tem tudo para confirmar sua reeleição, embora o fracasso do Estado português em lidar com a pandemia em 2021 esteja derretendo a popularidade tanto do primeiro ministro quanto do presidente. A grande ameaça à
paz em solo lusitano atende pelo nome de André Ventura, o candidato populista de extrema-direita que não tem lá muita simpatia pelos imigrantes. Apesar dos quase 70% de intenções de voto para o atual chefe de governo, o medo de uma candidatura do naipe de Ventura está movimentando apoiadores e críticos, sendo possível, e até provável, que a taxa de votantes aumente esse ano. No mais, seguimos em lockdown completo, olhando esperançosos para o quadro com o número de vacinados (que passou dos 200 mil essa semana) e aguardando o tão sonhado retorno à vida normal.
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